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terça-feira, 29 de abril de 2008

O Papel do Fisioterapeuta na Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba: uma análise a partir da percepção do próprio profissional.

Bom dia.

Estou disponibilizando aqui em meu blog um estudo que acabo de completar como monografia do meu curso de pós graduação em saúde pública. É um estudo destinado a fisioterapeutas com interesse em saúde pública, para gestores de saúde pública e para coordenadores de cursos de fisioterapia, cujo objetivo principal é levar ao conhecimento de todos sobre o trabalho desenvolvido por fisioterapeutas na prefeitura municipal de Curitiba.

Estou disponibilizando aqui no blog o projeto de pesquisa apenas, caso você tenha interesse pelo estudo acesse os seguintes links na web que você poderá então ter acesso ao estudo completo:

http://www.scribd.com/doc/2963968/FisioterapiaSMS-Curitiba
... ou .....
http://docs.google.com/View?docid=dg4djdp3_0fzrdhn38

Cópias e distribuição são livres e peço apenas que façam a devida citação e referência de onde encontrá-lo na web.

Meu contato:

fisio007007@hotmail.com (msn)
george.ft@uol.com.br (email)
http://www.orkut.com/Home.aspx?xid=15555357228183467652 (orkut)

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1. Titulo.

O Papel do Fisioterapeuta na Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba: uma análise a partir da percepção do próprio profissional.

2. Justificativa.

Em dezembro de 2001 a Prefeitura Municipal de Curitiba (PMC), através de concurso público, lotou suas Unidades Básicas de Saúde (UBS) com aproximadamente 20 fisioterapeutas, para dar vazão a um serviço até então terceirizado por clínicas conveniadas. Esses profissionais assumiram seus postos de trabalho atendendo a uma demanda reprimida nas UBS, com triagens para encaminhamentos, atendimentos nas UBS, visitas domiciliares (VD) e participação em programas de saúde coletiva.

Passados cinco anos desde então torna-se necessário saber agora como esse profissional está inserido na atenção primária à saúde (APS) na PMC, seus progressos e necessidades de redimensionamentos.

Talvez já tenhamos dados suficientes para fazermos um levantamento estatístico (pesquisa quantitativa), mas a opção foi por um trabalho qualitativo, para saber com o próprio fisioterapeuta sua real condição de atuação.

Um trabalho desse porte envolve a totalidade dos fisioterapeutas atuantes na capital, atualmente 43 profissionais, dando a qualquer interessado, seja pessoa ou instituição, a real noção de como esse serviço evoluiu desde sua implantação e a perspectiva de como ele evoluirá no futuro. Trata-se de uma pesquisa de viabilidade técnica possível, pois a prefeitura possui um órgão (CES) que regulariza toda essa problemática de pesquisas, segundo contatos preliminares já realizados.

Sem dúvida, ficará a idéia de um modelo de atuação da fisioterapia pelas prefeituras no atendimento a atenção primária da saúde, preconizada pelo SUS.

3. Objetivos.

3.1 – Geral.

Avaliar o desempenho profissional do fisioterapeuta, na atenção primária, identificando as competências e as características de atuação, que possam servir de modelo para a instalação do serviço de fisioterapia em outras prefeituras;

3.1 – Específicos.

a) traçar um perfil profissional do fisioterapeuta que trabalha na atenção primária à saúde da Secretaria Municipal de Curitiba (SMS);

b) mapear a conduta profissional na atuação do fisioterapeuta junto à comunidade, identificando erros e acertos, na visão do próprio fisioterapeuta, que possam influir numa melhor qualidade de atendimento da população;

c) levantar as dificuldades enfrentadas pelo profissional na consolidação do serviço de fisioterapia junto à atenção primária.

4. Questionamento fundamental e hipóteses.


Como se trata de uma pesquisa quali-quantitativa, onde a preocupação maior é com a opinião do fisioterapeuta sobre o seu trabalho, não há uma pergunta fundamental. O que existe é uma necessidade de identificar condutas praticadas e, ainda, relacionar essas condutas entre si de modo a criar uma idéia do trabalho como um todo. O direcionamento da pesquisa será organizado e estabelecido durante sua evolução, mas, de certa forma, sendo norteado pelo questionamento: o fisioterapeuta da PMC está sendo aproveitado de uma maneira satisfatória na atenção primária à saúde nos serviços da PMC, segundo sua própria perspectiva?

Sim, ele está sendo bem aproveitado e seu serviço é de real valor (hipótese), pois passados quase cinco anos a prefeitura duplicou o número desses profissionais através de nova contratação, além disso, levantamentos preliminares informais indicam uma diminuição dos encaminhamentos para as clínicas conveniadas (com conseqüente economia financeira para a prefeitura); também, a participação em conselhos de saúde indicam uma maior satisfação por parte da comunidade.


5. Metodologia.


5.1- O tipo de pesquisa será quali-quantitativa pois, além da pequena quantidade de dados informativos colhidos num questionário fechado inicial (quantitativo), será feita também uma entrevista extensa com os sujeitos, no modo estruturado, que será a base do projeto (qualitativo), com técnica de análise de conteúdo durante a anásise dos dados.

5.2- A população envolvida na pesquisa será a totalidade dos fisioterapeutas (ft) lotados nos diversos equipamentos da SMS, quais sejam: 26 ft nos distritos sanitários (DS) da PMC, 3 ft na US Ouvidor Pardinho, 8 ft nas EMEE, 2 ft na SMS e 4 ft sob licença, somando 43 profissionais.

5.3- Será utilizado um formulário de identificação com dados pessoais e informações básicas sobre formação acadêmica para cada fisioterapeuta. Os dados brutos a serem levantados pela pesquisa serão baseados em uma entrevista individual tipo estruturada e bloco de anotações de campo para pequenas informações julgadas relevantes. A entrevista será gravada com o consentimento do entrevistado obrigatoriamente, mesmo as realizadas por telefone e com assinatura prévia do termo de consentimento.

5.4- Será feito um contato inicial com a coordenação da fisioterapia para verificar a possibilidade de horários e os contatos telefônicos/e-mail dos sujeitos da pesquisa. De posse desse material será feito o contato para agendamento de horário e local das entrevistas desse grupo inicial e assim sucessivamente com os grupos restantes. O local das entrevistas será preferencialmente o próprio DS onde trabalham ou, na sua impossibilidade, outro local previamente combinado pelas partes, inclusive, via telefone.

5.5- O roteiro para as entrevistas constará dos seguintes tópicos:

- área de atuação;
- satisfação pessoal;

- satisfação da comunidade (experiência pessoal do próprio profissional)

- apoio da prefeitura;

- autonomia profissional;

- dificuldades em qualquer esfera;

- projetos em vista;

- capacitação profissional;

- inter-profissionalidade.

5.6- O gravador de voz será usado preferencialmente, mas somente com o consentimento do entrevistado.


6. Análise dos Resultados (interpretação dos dados).


O método utilizado para a interpretação dos resultados será análise de conteúdo, onde serão analisados todos os dados transcritos de todas as entrevistas. As entrevistas gravadas serão transformadas em arquivos de áudio digital para que possam ser identificadas, organizadas e indexadas. As anotações em bloco serão digitalizadas e indexadas também para que possam ser confrontados com os respectivos arquivos de áudio, a fim de que se dê coerência ao conjunto de informações da pesquisa.
Feito isso, haverá uma análise criteriosa com o uso do computador para identificar e cruzar os dados e informações, de maneira que se traduzam em uma interpretação confiável dos resultados.

A fim de se conseguir o menor número de vieses e maior credibilidade, será realizada uma ratificação da análise por um outro fisioterapeuta.

7. Discussão e divulgação dos resultados (e resultados esperados).

A discussão do resultado visa identificar, no conjunto de informações da pesquisa, perfis de conduta do profissional, que indiquem com clareza:

a) o que o fisioterapeuta faz na SMS;

b) o que ele espera fazer na SMS;

c) como é o seu relacionamento em todas as esferas (população, outros profissionais e secretaria de saúde);

d) quais são suas dificuldades diárias no desempenho de sua profissão e

e) qual é o seu grau de satisfação.

Espera-se com isso fazer um perfil de atuação profissional do fisioterapeuta que atua na esfera da atenção primária à saúde da SMS da prefeitura de Curitiba. Os resultados obtidos serão apresentados como trabalho de conclusão do curso de Saúde Pública do IBPEX (ligado a FACINTER), podendo, inclusive, ser divulgado em revista da profissão ou banco de dados da internet, sob a forma de artigo.

8. Cronograma (planejamento, execução e divulgação).

Pesquisa do tema: Já feito

Leitura preliminar da literatura: já feito

Comitê de ética:

- obtenção da folha de rosto do SISNEP: 30/04/2007

- entrega do projeto no comitê de ética: 02/05/2007

- reunião do comitê de ética: 31/05/2007

Prefeitura Municipal de Saúde (SMS):

- entrega do projeto da SMS: 07/06/2007

- aprovação da SMS: 30/06/2007

Leitura detalhada da literatura: simultâneo ao comitê de ética (30/04/2007 a 30/06/2007)

Inicio do trabalho de campo: 25/06/2007

ETAPAS SEGUINTES:

DATA DE INICIO:

DURAÇÃO:

Entrevistas

25/06/2007

3 meses

Reunião do material coletado

01/10/2007

1 semana

Análise e discussão do resultado

08/10/2007

1 semana

Redação da pesquisa

15/10/2007

2 semanas

Revisão do trabalho

29/10/2007

5 dias

Entrega ao IBPEX

19/11/2007


Obs.: Os prazos com data correta seguem calendário de entrada do Comitê de Ética do IBPEX e da Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba e poderão ser dilatados na mesma proporção em que forem sofrendo atrasos nas respectivas instituições.

9. Orçamento (recursos a serem utilizados e fonte patrocinadora).

O material necessário à pesquisa consta de material de escritório (lápis, canetas, blocos de anotações), gravador e fitas necessárias para a gravação das entrevistas; gastos com transporte (ônibus ou carro) para a realização das entrevistas; bloco de 500 fl de papel ofício para confecção das fichas de identificação e folhas de consentimentos; e um computador para análise dos dados e confecção dos resultados. Todo esse material implicará em um gasto pessoal do pesquisador, não sendo reembolsado por qualquer pessoa ou instituição.

10. Aspectos éticos e legais.

A pesquisa será suspensa:

1 - por determinação unilateral da PMC sob qualquer justificativa julgada conveniente pela mesma;

2 – por impossibilidade pessoal do pesquisador por circunstâncias excludentes a sua própria vontade, com aviso aos sujeitos da pesquisa;

O termo de consentimento será de acordo com o modelo fornecido pelo IBPEX, com assinatura obtida de forma voluntária previamente à entrevista de cada sujeito da pesquisa. No termo será explicitado ao sujeito como será a pesquisa, a entrevista e como será resguardado seu sigilo e saúde. É facultado a sujeito, concordar ou não com os termos, inclusive, participar ou não da entrevista.

Não haverá riscos para a saúde dos sujeitos, nem entrevistas com sujeitos de grupos vulneráveis, nem uso de medicamentos ou equipamento biológico, sendo assegurado o anonimato de todos os sujeitos bem como a garantia que não haverá detalhamento sobre informações trabalhistas ou que impliquem em qualquer tipo de constrangimento destes para com a SMS.

11. Referências.

1. Protocolo Fisioterapêutico da SMS da prefeitura de Curitiba.
2. Endereço de internet da PMC. http://www.curitiba.pr.gov.br/Secretaria.aspx?o=3
3. Endereço de internet do IBPEX. http://www.ibpex.com.br
4. Endereço de internet do SISNEP. http://portal.saude.gov.br/sisnep
5. Veras MMS. A inserção do fisioterapeuta na Estratégia Saúde da Família de Sobral-CE. Sobral, CE; 2002.


quarta-feira, 23 de abril de 2008

O Brasil nunca pertenceu aos índios.

"Por sua importância e oportunidade, apresentamos abaixo o artigo sobre os 500 anos do Descobrimento do Brasil, de autoria de Sandra Cavalcanti, ex-deputada e atual Secretária Municipal de Projetos Especiais do Rio de Janeiro, originalmente publicado no Jornal do Brasil em 21/abr/00.

O Brasil nunca pertenceu aos índios
Por Sandra Cavalcanti

Quem quiser se escandalizar, que se escandalize. Quero proclamar, do fundo da alma, que sinto muito orgulho de ser brasileira. Não posso aceitar a tese de que nada tenho a comemorar nestes quinhentos anos. Não agüento mais a impostura dessas suspeitíssimas ONGs estrangeiras, dessa ala atrasada da CNBB e dessas derrotadas lideranças nacional-socialistas que estão fazendo surgir no Brasil um inédito sentimento de preconceito racial.

Para começo de conversa, o mundo, naquela manhã de 22 de abril de 1500, era completamente outro. Quando a poderosa esquadra do almirante português ancorou naquele imenso território, encontrou silvícolas em plena idade da pedra lascada. Nenhum deles tinha noção de nação ou país. Não existia o Brasil.

Os atuais compêndios de história do Brasil informam, sem muita base, que a população indígena andava por volta de cinco milhões. No correr dos anos seguintes, segundo os documentos que foram conservados, foram identificadas mais de duzentos e cinqüenta tribos diferentes. Falando mais de 190 línguas diferentes. Não eram dialetos de uma mesma língua. Eram idiomas pró-prios, que impediam as tribos de se entenderem entre si. Portanto, Cabral não conquistou um país. Cabral não invadiu uma nação. Cabral apenas descobriu um pedaço novo do planeta Terra e, em nome do rei, dele tomou posse.

O vocabulário dos atuais compêndios não usa a palavra tribo. Eles adotam a denominação implantada por dezenas de ONGs que se espalham pela Ama-zônia, sustentadas misteriosamente por países europeus. Só se fala em nações indígenas.

Existe uma intenção solerte e venenosas por trás disso. Segundo alguns integrantes dessas ONGs, ligados à ONU, essas nações deveriam ter assento nas assembléias mundiais, de forma independente. Dá para entender, não? É o olho na nossa Amazônia. Se o Brasil aceitar a idéia de que, dentro dele, existem outras nações, lá se foi a nossa unidade.

Nos debates da Constituinte de 88, eles bem que tentaram, de forma ardilosa, fazer a troca das palavras. Mas ninguém estava dormindo de touca e a Carta Magna ficou com a palavra tribo. Nação, só a brasileira.

De repente, os festejos dos 500 anos do Descobrimento viraram um pedido de desculpas aos índios. Viraram um ato de guerra. Viraram a invasão de um país. Viraram a conquista de uma nação. Viraram a perda de uma grande civilização.

De repente, somos todos levados a ficar constrangidos. Coitadinhos dos índios! Que maldade! Que absurdo, esse negócio de sair pelos mares, descobrindo novas terras e novas gentes. Pela visão da CNBB, da CUT, do MST, dos nacional-socialistas e das ONGs européias, naquela tarde radiosa de abril teve início uma verdadeira catástrofe.

Um grupo de brancos teve a audácia de atravessar os mares e se instalar por aqui. Teve e audácia de acreditar que irradiava a fé cristã. Teve a audácia de querer ensinar a plantar e a colher. Teve a audácia de ensinar que não se deve fazer churrasco dos seus semelhantes. Teve a audácia de garantir a vida de aleijados e idosos. Teve a audácia de ensinar a cantar e a escrever.

Teve a audácia de pregar a paz e a bondade. Teve a audácia de evangelizar.

Mais tarde, vieram os negros. Depois, levas e levas de europeus e orien-tais. Graças a eles somos hoje uma nação grande, livre, alegre, aberta para o mundo, paraíso da mestiçagem. Ninguém, em nosso país pode sofrer discri-minação por motivo de raça ou credo.

Portanto, vamos parar com essa paranóia de discriminar em favor dos ín-dios. Para o Brasil, o índio é tão brasileiro quanto o negro, o mulato, o branco e o amarelo. Nas nossas veias correm todos esses sangues. Não somos uma nação indígena. Somo a nação brasileira.

Não sinto qualquer obrigação de pedir desculpas aos índios, nas festas do Descobrimento. Muitos índios hoje andam de avião, usam óculos, são donos de sesmarias, possuem estações de rádio e TV e até cobram pedágio para es-tradas que passam em suas magníficas reservas. De bigode e celular na mão, eles negociam madeira no exterior. Esses índios são cidadãos brasileiros, nem melhores nem piores. Uns são pobres. Outros são ricos. Todos têm, como nós, os mesmos direitos e deveres. Se começarem a querer ter mais direitos do que deveres, isso tem que acabar.

O Brasil é nosso. Não é dos índios. Nunca foi."

Perdendo o medo.

Ao longo de nossas vidas, vamos aprendemos a reconhecer o bem e o mal, o certo e o errado, o confortante e o angustiante, a própria lei nos indica também muitas coisas que podemos ou não fazer. Aprendemos a reconhecer essas diferenças de várias maneiras possíveis: quer seja através do ensinamento de nossos pais, da nossa escola, do nosso trabalho, das nossas experiências pessoais. Porém, determinadas ações têm seus limites um pouco mais imprecisos, principalmente aqueles que envolvem nossos sentimentos. Entra então em jogo um outro grupo de regras que são vulgarmente chamadas de ética. São regras que não estão escritas, mas que também ditam nossa conduta e nos permitem avançar até determinados pontos. Tomamos nossas decisões baseados então nesse conceito de ética que temos. Mas muitas pessoas contornam essa ética, com o véu da hipocrisia, por que muitas vezes o que é ético para uma pessoa não ético para outras, pois seus valores são diferentes. E isso nos permite viver num falso mundo onde temos que usar várias máscaras para poder lidar com várias situações diferentes. As pessoas que usam menos máscaras costumam ser menos hipócritas, pois seus valores costumam ser mais bem definidos. Isso causa espanto, e admiração, em muita gente, mas também causa muita dor, pois ninguém é suficientemente forte para viver a vida de forma verdadeira. De qualquer jeito, as máscaras que usamos, a ética que adotamos e a liberdade de sermos mais ou menos hipócritas, cria um barreira em torno da gente, e é uma barreira que vamos formando ao longo de nossas vidas, é uma barreira que protege a nós ou a nossos entes queridos, da ambigüidade de nossos próprios sentimentos.

Talvez jamais devêssemos tentar cruzar alguns desses limites de nossas vidas. Eles estão lá para nossa proteção, são barreiras naturais que nós próprios construímos para que não viéssemos a precisar lidar com nossa ética, ou com nossa hipocrisia. Ocorre que muitas vezes desejamos vencer alguns obstáculos e então nos deparamos com esses limites. Construímos um mundo a nossa volta, para nos proteger dos perigos e os maiores perigos, na verdade estão dentro de nós mesmos. O amor, o ódio, a amizade, a felicidade, e tantos outros sentimentos sob os quais vamos criando nossos alicerces. Nós fazemos um muro em volta de tudo isso, criamos regras fixas para que tudo funcione e dizemos para nós mesmos até onde podemos ir. E não devemos jamais ultrapassar esses muros.

Mas chega uma hora em que o insano que está dentro de você precisa se libertar, chega uma hora que você cansa de ser o certinho, de andar arrumado, de estar limpinho. Chega uma hora em que você quer pagar para ver. Você quer ultrapassar aqueles limites que você próprio estabeleceu ao longo de sua vida. E você sabe que o risco não vale a pena. O risco é tão grande, mas você percebe que a recompensa também o é. Alguma coisa dentro de você o impele contra esse muro. Alguma besta ou anjo negro te joga contra o muro, enquanto um anjo branco te nega a felicidade plena. E na balança você sofre entre a mentira da vida, a hipocrisia das ações e as verdades que precisam ser testadas, os pecados que precisam ser cometidos. É como comer a maça na árvore da verdade. Esses desafios ficam rondando a gente por aí, estão ao nosso lado nos testando o tempo todo, e um dia você será ameaçado por eles. Eles vão gritar bem alto dentro de seu ouvido: - É com você que estou falando, seu hipócrita: vai ficar aí parado ou vai tomar uma atitude!

E meu amigo, qualquer que seja sua atitude, ela irá mudar a sua vida. Você define suas ações e suas ações definem você. E qualquer que seja sua decisão ela irá lhe abrir uma janela de compreensão, que não mais se fechará. Você nunca vai estar preparado para tomar essa decisão, você nunca vai estar preparado para testar o limite de sua ética, da sua moral, ou para ver até onde você é um hipócrita, ou mesmo para testar o seu amor, que você jurou defender. A vida é assim, sempre te testando, tornando-o um fraco ou um forte. E a escolha é apenas sua.

O céu que me acompanha.

O vento batendo no rosto, o suor escorrendo na pele, uma brisa suave - coisas da corrida noturna. Como em quase todas as noites que a faço, sinto-me completamente revigorado, e também embriagado com a visão de milhares de estrelas contrastando com a negritude perfurante deste meu céu, mesmo sendo raro um céu assim às noite de Curitiba. Consigo identificar as principais constelações: a de Órion, por exemplo, o Guerreiro de Órion, que fora colocado no céu por Diana, entre lágrima, após ter acertado uma lança em sua cabeça, na tocaia armada por seu irmão, o Apolo - segundo a mitologia grega. Órion, anunciando o início de verões, de invernos, de plantações, aos meus olhos, está mais para uma borboleta do que para um guerreiro: as Três Marias: Alnitak, Alnilam e Mintaka, no centro, e cada uma das suas quatro companheiras em um dos quadrantes das asas da “minha borboleta”: Rigel, muito brilhante; Betelgeuse, a vermelhinha; Belatrix; Saiph. Prefiro o Órion como o novo nome de ônibus espacial. E ainda correndo, o que vejo é uma borboleta, estampada no meu céu!

E lá mais ao sul do céu, pouco abaixo do Cruzeiro, as duas: Alfa e Beta do Centauro: lembra do seriado de televisão chamado “Perdidos no Espaço”? pois é, antes de se “perderem” eles planejavam ir para lá, para a Alfa Centauro, pois afinal de contas ela é a estrela mais próxima: 4 aninhos-luz, é praticamente ali na esquina, como diria Steven Hawkings, o mago vivo. O resto deste meu céu lembra um “caminho de leite”, uma faixa muito extensa de estrelas cruzando a vasta escuridão de belezas infinitas.

Lembro-me a primeira vez que vi um céu completamente estrelado. Foi n´alguma noite, na praia do Quintão, no litoral do Rio Grande do Sul. Eu era um garoto ainda, 6 ou 7 anos de idade. Nessa época ainda não existia água encanada nem luz elétrica. A praia ficava completamente às escuras à noite. Então eu subia na caixa dágua do banheiro que ficava do lado de fora da casa e fitava, maravilhado, aquele céu pontilhado destas coisinhas lindas. Não conhecia nada de nadinha “lá em cima”, pois não é que nem hoje, onde ligo o computador e tiro as dúvidas sobre o céu sob minha cabeça instantaneamente: obrigado Estellarium. Essa minha paixão pelo céu já é antiga, mais antiga até que Quéops. Eu sempre quis muito saber o que existe lá fora.

Lembro também uma outra vez, que vi um céu completamente estrelado, mas isso eu nem quero falar muito: foi depois de “burro velho”, já sabia mapear bem o céu, com suas constelações e principais planetas, já conhecia as leis da física, mas desconhecia um pouco as leis da montanha, pois quando o grupo de resgate chegou para nos resgatar, lá pelas 3 horas da madruga, e no caminho de volta... meu Deus! quando olhei para cima, não reconhecia nada: completamente estrelado estava o céu, completamente afastado das luzes da cidade, e então me dei conta que estava perdido pela segunda vez naquela trilha, naquela noite. Onde estavam as estrelas que eu conhecia? Eram milhões.

Pelo céu acabei conhecendo o mar também, pois um é contínuo ao outro, pelo menos lá em Quintão era, ah... Quintão....e lá me aventurei no que hoje eu chamaria de amor: quanta safadeza eu já fizera naquelas praias, sob aquele luar do meu céu, com uma amiguinha, mas isso é outra história! Como era o nome da moça? Regina, Regiva, Regia, não lembro mais, mas lembro das emoções que sentia. Depois delas vieram outras, morenas de peitos fartos a me deliciar, outras de peitos tocos e pensamentos toscos: me levavam a viajar por um céu de estrelas, faziam-me gemer sem sentir dor, como diria o “Zé”. Aliás, vale um conselho para nossa vida: não se apaixone nunca por uma mulher inteligente para não perder sua razão, pois como diz a coleta Ângela da comunidade do Nietzsche: "Parece-me que determinados conhecimentos não podem ser alcançados quando estamos sob o jugo da razão", ou faça o contrario: vá com tudo meu amigo e seja louco: “louco e santo”.

Também sempre gostei dos temporais que ocorriam no mar e minha mãe sempre me chamava para dentro, mas eu corria para as dunas de areia, contíguas à praia, somente para olhar aquelas nuvens escuras se formando mar adentro, contrastando com aquele céu. A natureza nos fascina, ela nos chama para si. Talvez, por isso, aos quarenta e poucos anos eu ainda precise ficar a sós com ela, para recuperar a energia perdida na cidade.

Conheci tantas coisas nessa vida, vi tantos lugares, viajei muito sem gastar tanto, meus pensamentos sempre me levaram para “onde nenhum homem jamais esteve”, mergulhei fundo nos livros, nas estórias de cinema, na mente de meus amigos, da minha família. Sempre procurei tirar proveito dos pequenos detalhes das fotografias, das músicas, das frases, entre um ou outro cálice do sangue de Jesus.

Lembro também quando parti de minha cidade natal, para viver a vida. Minha família ficou para trás, algumas lágrimas também lá deixei. Voltei alguns anos mais, com uma outra família, e viramos uma grande família. Aprendi a criar filhos, a sofrer perdas na vida, aprendi a perder, mas preferi sempre ganhar – e ganhei algumas coisas. Aprendi a não desistir. E não desisti: acabei encontrando todos os meus sonhos de infância em minha vida adulta: a família, o amor, a vida, e o céu sob minha cabeça.

Por amor aos céus, quis aprender a voar e consegui: aos 18, eu sobrevoei Foz do Iguaçu, aos 30, sobrevoei Rio de Janeiro, aos 35, Recife, aos 40, São Paulo, Brasília, e aterrisei em Curitiba, sempre sobrevoei a vida, sempre estive mais perto dos astros, sempre quis alcançar alguma estrela. E como quem voa também cai... eu caí: mas sem me machucar, pois na beleza do vôo, e na prática das coisas belas, você acaba caindo com maestria, e aprendi isso com Fernão C. Gaivota. Caia, meu amigo, caia que uma rede aparecerá para você. Caia sem medo da vida, pois a vida é bela, mas não deixe de voar.

Voe para perto, voe para longe, caia, levante, aprenda, iluda-se, ame, viaje pela vida, sempre haverá um céu sob sua cabeça. Mas nunca deixei de viajar, uma mala na mão, uma idéia na cabeça, e o desafio no coração.

O homem que sente.

Arrogante, estúpido, agressivo, impulsivo, ... , esqueci alguma?
São qualidades do Homem, qualidade não muito nobres, qualidades necessárias para aquele provérbio: "não interessa se zebra ou leão, quando amanhecer o dia... é hora de correr!", lembra? Qualidades que o tornam apto a conquistar o mundo. E sob essa fortaleza se ergue o seu nome.

Mas, por debaixo dessa proteção, existe um ser desprotegido, existe uma pessoa que sente, que chora e que ama. Nós, homens, vamos formando essa "casca" desde pequenininhos em situações tais como: - homem não chora"; - faça xixi na rua mesmo, você é homem!; - Dezoito anos, vá para o quartel aprender a ser homem; ... e por aí vai. Mas lá no fundo, bem escondido em sua alma, existe alguém sensível, que não consegue se libertar, que não pode se libertar. Em raros momentos essa dualidade de sua personalidade se expõe e percebemos então aquele namorado fazendo juras de amor, ou aquele marido lavando a louça, ou aquele senhor deixando rolar algumas lágrimas em sua face por um filme de amor, mas rapidinho ele irá enxugar suas lágrimas, porque "homem não chora": pronto! ...ninguém notou, volte a assistir o filme!

É complicado ser homem. Esperam que você seja forte, que lute, que proteja! Esperam que você seja sensível. Mas não se cria um menino para ser sensível, pois ele vai ser "gay" quando crescer. E então, nós homens, vamos crescendo com essa dupla personalidade, com essa casca grossa, com essa arrogância de não precisar ter sentimentos, com essa necessidade de esconder a sensibilidade com uma máscara de ferro, amarrada com um grosso cadeado. E alguém, que conseguir chegar suficientemente perto desta máscara, muito perto dos olhos, onde não há qualquer proteção, e onde se pode ver pela janela da alma, verá então um coração atormentado, um coração preso. Verá o coração do verdadeiro homem: o homem que sente.

A grande arte e a dor.

"Ela é morena, toda tatuada, desequilibrada, frágil. E é um gênio atormentado. Voz incrivelmente forte, que remete às negras americanas, e a virtude não apenas de cantar como de compor.

Vejo na TV Amy Winehouse na entrega do Grammy. Ela foi impedida de ir para os Estados Unidos, onde o prêmio foi entregue. Não lhe deram o visto, pelo histórico de drogas e bebidas alcoólicas. De Londres, por satélite, participou da premiação.

Levou cinco prêmios, entre os quais o de melhor música, “Rehab”. They tried to make me go to rehab/I said no, no, no. Tentaram me internar numa clínica de reabilitação, e eu disse não, não, não.

Me contam que há na internet uma bolsa de apostas para ver quanto tempo Amy, a pequena grande Amy, tão autodestrutiva, vai durar.

De alguma forma, em sua angústia jovem tão pungente, ela me lembra Kurt Cobain. Aos 28 anos, ele se deu um tiro na boca, um método altamente eficiente para se matar. Hemingway fez o mesmo.

Sei lá. O tormento pessoal é a essência do gênio de Amy Winehouse. Se ela fosse feliz, provavelmente comporia canções tolas de amor. Silly love songs.

Proust escreveu que só nos períodos de devastação íntima fez grande arte. A grande arte é infeliz, atormentada, como se vê em Amy. A arte barata, como a dos pagodes, é festiva. Tenho uma biografia de Isadora Duncan, a bailarina, nas mãos. “Toda arte foi irrigada pelas lágrimas da dor”, disse Isadora. “Vocês tinham de tê-la visto”, é o que diziam de Isadora, para a posteridade, aqueles que a tinham visto.

"O grande artista é forjado na dor, e isso com certeza não é um fato agradável na vida pessoal"

A capa da última edição de ÉPOCA mostra o poder paradoxal da tristeza, sobretudo na arte. Eis uma discussão fascinante. O grande artista é forjado na dor, e isso com certeza não é um fato agradável na vida pessoal. Beethoven não seria Beethoven sem a tormenta interna. Lennon. Lennon jamais superou a morte da mãe, Julia, para a qual compôs várias músicas. Da melódica e nostálgica “Julia”, ainda na era Beatle, à dramática e pungente “Mother”, na fase individual. Lennon dizia tê-la perdido duas vezes. Uma quando ela, jovem desajustada, o entregou bebê à irmã mais velha, Mimi. Outra quando, ele adolescente, ela retornou a sua vida para logo depois ser atropelada e morta numa rua traiçoeira de Liverpool. My mummy is dead/I can’t understand. Minha mãe está morta, e não consigo entender, cantou Lennon numa outra canção (mais propriamente vinheta).

Amy. A delicada Amy. A talvez perdida Amy. Numa outra música que não “Rehab”, ela diz: Love is a losing game. O amor é um jogo de perda. Alguém discorda? Me pergunto aqui, em vão, o que vai ser dela, e eu gostaria apenas que de alguma forma ela fosse protegida da ânsia de se autodestruir, e que vivesse o bastante para mostrar aos filhos, aos netos quanto ela, tão diminuta ali diante dos homens grandes do coro em sua dança esplêndida, se agigantava no palco ao microfone. Mas para tanto Amy teria de ser mais alegre. E teria, mais ainda, de desmentir Isadora Duncan e sua tese consolidada pelos fatos de que só a dor produz a grande arte."

Texto de: FÁBIO HERNANDEZ (revista época online - 10?03/2008)

POR QUE O TERRORISTA NARCOTRAFICANTE URIBE ASSASSINOU RAÚL REYES?

(importado de http://georgekieling.zip.net , postado em: 3 de março de 2008)

Agora que os olhos do mundo se voltam para a América do Sul, imagino que devemos fazer uma profunda reflexão dos interesses que possam estar envolvidos, no caso recente da invasão ao Equador pela Colômbia. Não se trata apenas da morte de um negociador, ou da libertação de uma refém, além, claro, da invasão de um país por outro. Isso talvez seja apenas pano de fundo para assuntos de uma profundidade muito maior. Há interesses por todos os lados, tais com o de um presidente que quer mais um mandato, do narcotráfico que financia campanhas, de países que apoiam ou não certos presidentes, de uma refém que poderá ser uma real canditada oposicionista. Países vizinhos podem usar o incidente para ser armar, pois só estava faltando o pretexto, alguns líderes podem surgir como negociadores para valorizarem suas campanhas. venda de armas, soberania negligenciada, apoio externo. A lista de é longa.

Tantos são os interesses envolvidos, que chegamos a conclusão que a verdade não existe, e que a razão, se não forjada previamente, se perde entre tantas mentiras.


"Tudo o que sei é que nada sei".
Links para consultas:
http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u378117.shtml
http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u378161.shtml

Segue um texto do jornalista Laerte Braga, postado no Café História (http://cafehistoria.ning.com)

"POR QUE O TERRORISTA NARCOTRAFICANTE URIBE ASSASSINOU RAÚL REYES?

Laerte Braga

Raúl Reyes era o principal negociador das FARCs com os governos da Venezuela e da França para a libertação de prisioneiros de guerra e a busca de um espaço para negociações de paz mais amplas na Colômbia. Por duas vezes a ex-senadora Ingrid Betancourt esteve para ser libertada.

Na primeira delas o governo do terrorista narcotraficante Álvaro Uribe armou emboscada para os guerrilheiros que, em missão de paz e acertada com o governo da Colômbia, estavam levando provas que a ex-senadora estava viva.

Os documentos, inclusive as cartas pessoais de Ingrid a sua família foram divulgadas por Uribe o que gerou protestos da mãe de Ingrid, de sua irmã e dos seus filhos.

Nobel de economia diz que custo de duas semanas de guerra no Iraque poderia acabar o analfabetismo no mundo ."Se soubessem que teriam que pagar uma conta de US$ 3 trilhões com um resultado incerto - talvez haja paz no Oriente Médio, mas talvez não - eles diriam: 'Será que não podemos pensar num modo melhor de fazer isso?'."http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2008/02/080225_stiglitzlivroiraque_ba.shtml

No momento que foi assassinado Reyes estava em território do Equador e negociava com o governo francês através do presidente Chávez e do presidente Corrêa a libertação de Betancourt. Uribe sabia, Uribe havia concordado como da vez anterior, Uribe traiu.

Pela segunda vez Uribe frustrou qualquer perspectiva nesse sentido pela simples razão que não lhe interessa a libertação de Ingrid Betancourt, sua adversária política.

O ataque terrorista colombiano foi feito oito quilômetros dentro do território equatoriano e o presidente Corrêa já protestou e chamou seu embaixador em Bogotá, afirmando inclusive que o telefonema de Uribe informando sobre ações militares na fronteira dos dois países foi “mentiroso e audacioso”. Uribe não falou que a força aérea terrorista da Colômbia estava atacando em território do Equador.


O presidente da Venezuela Hugo Chaves já advertiu o líder terrorista colombiano que caso operações semelhantes venham a ser feitas no território da Venezuela haverá guerra. Chávez é o principal negociador para a libertação de Betancourt, conta com apoio do governo francês e de vários outros países interessados em encontrar uma solução de paz para a guerra civil na Colômbia.


Mas allá de patético novelón mediático montado por Uribe, en Colombia, hoy mas de dieciocho millones (18’000.000) de niños y jóvenes colombianos mueren y son sometidos a tratos crueles, inhumanos y degradantes, obligados a un vida de miseria, llena de hambre, desnutrición y privaciones de todo tipo. Abatidos por la absurda guerra y el hambre física, miles de niños y niñas, son explotados laboralmente, empujados a la prostitución, a la mendicidad, a la drogadicción, al hurto, a deambular por las calles de las grandes capitales bajo la mirada indolente de un Estado y una clase poderosa minoritaria que ostenta y derrocha las riquezas infinitas del país mientras los niños mueren de hambre en las calles sin ningún tipo de protección y ayuda.

Daniel Ortega, presidente da Nicarágua, deu entrevistas em Manágua e condenou a ação terrorista do governo de Uribe, afirmando, entre outras coisas, que “Reyes era um negociador e estava negociando a paz”.

Ingrid Betancourt é apenas um peão nesse jogo todo e não interessa a Uribe que a ex-senadora seja solta. Vai complicar o processo político na Colômbia e forçar o narcotraficante/terrorista (que quer mudar a constituição para mais um mandato, o terceiro) a aceitar negociações com as FARCs.

Governos europeus não alinhados com a política terrorista de Washington, Bush é o verdadeiro governante da Colômbia, mostram-se indignados com a ação terrorista da organização de Uribe. O presidente da França, que é aliado dos Estados Unidos, lamentou que as perspectivas de paz tenham sido interrompidas por essa ação insana e que violou o direito internacional (Uribe operou em território do Equador), eliminando perspectivas imediatas e concretas de paz.


O acampamento das FARCs no Equador tinha o objetivo de ampliar as negociações para a libertação de Ingrid Betancourt e outros prisioneiros de guerra, depois de várias manifestações das FARCs nessa direção, inclusive a libertação de vários presos de guerra nas últimas semanas, exemplo que vem sendo seguido pela outra força insurgente, o Exército de Libertação Nacional (ELN).

A hipótese de uma ação terrorista colombiana na Venezuela não está descartada e pode ser parte do golpe em constante articulação contra o governo do presidente Chávez.



É só lembrar que os Estados Unidos armaram com armas químicas e biológicas inclusive, o governo de Saddam Hussein para uma guerra contra o Irã e o chefe da Al Quaeda, Osama bin Laden para enfrentar as tropas da extinta União Soviética no Afeganistão.

Faz parte do conjunto de ações terroristas da Casa Branca esse tipo de prática. O discurso de democracia, direitos humanos, liberdade, etc, se esvai nos campos de concentração de Guantánamo, no Afeganistão (800 prisioneiros sem culpa formada), nos seqüestros praticados contra cidadãos árabes em países europeus (a CIA responde a processos na Itália e na Alemanha por ações dessa natureza) e na autorização expressa do terrorista George Bush de tortura contra presos que “ameacem os interesses dos Estados Unidos”.

A simples possibilidade de libertação de Ingrid Betancourt, pelo que passou a significar e a perspectiva de negociações de paz na Colômbia frustra o narcotráfico, no poder desde que Uribe foi eleito a primeira vez, contraria interesses norte-americanos, o maior deles derrubar Chávez e apropriar-se do petróleo da Venezuela e dispor de bases efetivas na Região Amazônica, outro grande objetivo da organização terrorista Casa Branca e dos grupos que representa.



O narco-terrorista Álvaro Uribe

Uribe é um preposto dos EUA, do narcotráfico, um terrorista sem entranhas e respeito pelo que quer que seja e assim como o governo nazista de Israel, não quer a paz, não lhe interessa a paz, não pretende a paz.

Em torno de todo esse discurso o que existe são “negócios”, apenas “negócios”.

As principais redes de televisão controladas pelos terroristas norte-americanos e colombianos já receberam instruções para dar destaque à morte de Reyes como sendo um golpe no “terrorismo das FARCs” e assim, jornais e revistas, a imensa e esmagadora maioria dos veículos de comunicação na América Latina, Ásia e África e boa parte da Europa e assim, ocultar a verdade dos fatos.

No caso específico do Brasil a REDE GLOBO no afã de aumentar os recursos recebidos dessas organizações terroristas (Casa Branca, Bogotá, etc) montou informes especiais para mentir e vender a idéia de democracia aos telespectadores que considera idiotas padrão Homer Simpson.


É a grande pasta do terrorismo mundial, a norte-americana. Bush não integra nenhum “corpo atuante” de uma arapuca, mas gosta de profissionais decorando com luzes natalinas e cristãs a Casa Branca.

Importa a versão, não a realidade.

Uribe assassinou Reyes para dificultar as negociações de paz e a libertação de Ingrid Betancourt, neste momento, símbolo do que pode vir a ser o futuro da Colômbia. Não é o que ele Uribe quer, nem Washington.


Mesmo caso do governo nazista de Israel em relação aos palestinos. Casa de palestinos destruída pelos terroristas de Israel no ataque à Faixa de Gaza, no justo momento que o Hammas propõe a paz e 64% da população de Israel diz que aceita. Ao terrorismo nazista do Estado israelense não interessa a paz, nem ao narcotráfico de Uribe. “São negócios” e são “parceiros” na barbárie. "